
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Jornada Pedagógica no Projeto Força Feminina
Reflexão e Formação Continuada sobre a Missão Oblata
De 23 a 26 de janeiro de 2017, ocorreu na sede do Projeto Força Feminina a Jornada Pedagógica na qual os profissionais da Unidade partilharam ideias, ensinaram e aprenderam na coletividade, com o propósito de promover o fortalecimento do processo educativo e missão junto às mulheres. Para desenvolver este processo foi feita a análise e reflexão de temas relevantes ao trabalho desenvolvido direto com as mulheres em situação de prostituição, mas também a importância do trabalho em equipe. No primeiro dia, pela manhã, Alessandra Gomes refletiu acerca dos desafios gerais e específicos para desenvolver e aperfeiçoar o trabalho com as mulheres em situação de prostituição. 
No período da tarde tivemos a contribuição significativa dos professores da Escola de Enfermagem da UFBA: José Lúcio Ramos e George Amaral, facilitando o tema “Saúde mental no trabalho”. Este momento foi um alerta à equipe de intervenção que necessitamos fazer individualmente para a prevenção de doenças. Reflexões:
• A importância de se trabalhar em equipe, compartilhando ideias, saberes, decisões; • O cuidado pessoal: criar espaços de proteção fora do ambiente profissional; • Autoconhecimento; • O trabalho produz identidade; • Quem trabalha com o sofrimento tem mais chance de adoecer; • Respeitar/conhecer a sua história de vida profissional e pessoal e da mulher; • Se as mulheres vêm neste espaço é porque precisam de apoio; • Modelo de gestão participativo; • O poder precisa ser negociado nas relações; • O que estou fazendo para a promoção da saúde mental?

No dia 24, Júlia Damiana Nascimento - assistente social e especialista em Dependência Química e Terapeuta de Família, funcionária do Centro para Tratamento de Dependência Química Vila Serena - trouxe algumas informações e estratégias importantes para a equipe atualizar seus conhecimentos e práticas no atendimento às mulheres que buscam a instituição e que, muitas vezes, usam psicotrópicos. No turno vespertino, as educadoras sociais do Centro de Convivência Irmã Dulce dos Pobres/Redução de Danos, Fernanda Aragão (enfermeira especialista em saúde mental) e Silmara Cecília, de maneira lúdica, desenvolveram o tema “Uso de substâncias psicoativas e pessoas vulneráveis”. 
No dia 25, a Prof. Drª Maise Zucco, por meio de uma dinâmica fez um recorte da importância de se valorizar e perceber as diferentes identidades que carregamos em diversos ambientes, sejam elas profissional, pessoal ou social. Demonstrando que cada pessoa carrega muito mais do que aquilo que é visto, tem mais de um aspecto que as caracterizam e todos eles precisam ser respeitados.Ficou muito forte em sua fala o respeito que se deve ter em relação à historicidade do sujeito dentro do tempo e espaço ocupado por ele na atualidade. Alguns temas foram dialogados com a equipe:
• Gênero; • Relações étnico-raciais; • Sexualidade; • Classe; • Geração; • Deficiência. Foram apresentadas também as discussões sobre: • Brinquedos específicos para meninos e meninas; • O combate aos estudos de gênero nas escolas; • A escola sem partido; • As nomenclaturas atuais: transgênero (transexual e travesti) e cisgênero. 
No dia 26, no fechamento da jornada, com a ajuda das irmãs Maria do Rosário Silva e Maria Beatriz Paixão, refletimos sobre a Missão Oblata. Na primeira parte, abordou-se a sua origem por meio da inquietação do Pe. Serra (fundador) ao ter contato com a triste situação das mulheres no Hospital São João de Deus, além da implicação progressiva de Antonia Maria (fundadora) nessa realidade em 1864, até a fundação da Congregação em 1870. A exposição foi enriquecida com o diálogo entre toda a equipe. Na segunda parte, refletimos sobre os modos históricos de intervenção da missão desde os primeiros anos de fundação e dos que se seguiram depois que foram sendo aprofundados e que hoje, sob o dinamismo do Espírito que nos desafia na realidade, segue renovando e atualizando a mesma Missão.

Momentos como esses são importantes para a realização de um trabalho grandioso com as mulheres.
Fonte: Projeto Oblata Força Feminina
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