"Em nome da equipe organizadora do Encontro de Formação da Rede Oblata, agradeço a todas as pessoas que contribuíram para o sucesso do mesmo. Foram dias densos de aprofundamento do tema "Direitos das mulheres em situação de prostituição", tempo de troca de experiências e de saberes.
As reflexões desses dias confirmaram que estamos em um momento muito desafiante de nossa história, onde impera o mercado, a corrupção e a intolerância. Nesse contexto, as pessoas, sobretudo as que se encontram em algum tipo de vulnerabilidade, são as mais prejudicadas. Sendo assim, acreditamos que é necessário alimentar nossas convicções de que um mundo mais humano é possível e unir forças para que isso se concretize". (Ir. Lúcia Alves - OSR)

Sentimos que estamos no caminho, buscando unir os passos, seguindo com Jesus Redentor e com o exemplo de nossos fundadores. O testemunho de Monique Prada foi de grande importância para ampliar nossa compreensão sobre a realidade das mulheres que exercem a prostituição. Seu compromisso e coragem no enfrentamento do estigma nos ilumina e anima para colaborar nessa batalha pela justiça social. Nossa gratidão e reconhecimento!
Partilhamos as palavras de Monique após nosso Encontro Formativo da RedeOblata, publicado em seu perfil no facebook:

"Eu tive a possibilidade de conhecer e colaborar com um projeto incrível sobre a defesa de direitos das trabalhadoras sexuais.
Confirmei na prática que falar de religião também é falar de política, e que o modo como você se posiciona enquanto parte de uma faz diferença direta na vida das pessoas.
Aprendo aqui que não preciso abrir mão dos meus princípios ou mesmo de meu ateísmo para agir como as cristãs, por que os ensinamentos de Cristo levam de encontro também àquilo que temos acreditado sobre a luta por um mundo melhor para todas as pessoas.
A Igreja Católica sempre fez movimento social, o movimento de prostitutas mesmo no Brasil surge com o apoio da Pastoral de Mulheres lá atrás. Agora, a partir desse contato com a Rede Oblata (que para mim, chegou através do projeto Diálogos pela Liberdade), compreendo como isso é possível, me sinto acolhida e acredito que temos ainda muito o que fazer juntas, em especial nesse momento político pelo qual estamos passando no Brasil.
Sim, eu saí de lá encantada, e com aquela sensação de que um outro mundo é possível - aquilo sobre, em silêncio, já podermos mesmo ouvir os seus sons."

